O trabalho presencial exige horas antecedentes de preparação, trânsito, distâncias e adaptações que o trabalho remoto dispensa. O alívio dessa otimização de tempo e cansaço físico e mental é um dos pontos favoráveis trazidos pela flexibilidade no trabalho.
Se o trânsito que engloba o deslocamento, estacionamento e desgaste já anterior ao do trabalho não convencerem, outras questões como a presença da família e redução de reuniões desnecessárias parecem argumentos suficientes para a flexibilização.
Depois de comprovar que muitos dos estresses rotineiros de quem gasta horas a fio dentro de escritórios eram, em sua maioria, desnecessários e que um trabalho à distância – embora traga seus desafios – seria capaz de suprir todas as demandas e ainda oferecer mais liberdade, é difícil esperar dos colaboradores um comportamento pacífico quanto à volta ao presencial.
Quer um exemplo? É só reparar na onda de demissões em empresas que não quiseram manter um novo formato.
Essas questões foram ainda mais destacadas com a pandemia e serviram de conforto para muitos em regime remoto já que influenciam no lado profissional, mas também pessoal. Com isso, geram hoje uma ansiedade e dificuldade naqueles que se veem obrigados a abrir mão de tais benefícios tornando a flexibilidade um elemento da revolução do futuro do trabalho. Entenda melhor!
O futuro do trabalho demanda flexibilidade:
Ainda que as empresas tenham esse poder de alterar o modelo de trabalho e exigir a volta ao regime presencial, segundo previsto em Lei, conforme o art. 75-C, §2º da CLT, que prescreve “poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com correspondente registro em aditivo contratual”, essa mudança pode não ser bem aceita.
Conforme relatado na Época Negócios, a Robert Half – empresa global de recrutamento -, divulgou uma pesquisa que aponta que 50% dos trabalhadores americanos preferem optar pela demissão a voltarem forçadamente ao trabalho presencial. E eles não estão sozinhos nessa movimentação.
Os dados da consultoria Mercer apontam que 43% dos brasileiros buscam mais flexibilidade no trabalho, pensando principalmente em modelos de trabalho remoto e híbrido, quando há uma combinação do home office com o trabalho presencial.
Ainda de acordo com este estudo, é indicado que 74% dos entrevistados acreditam no sucesso das empresas trabalhando em regime remoto ou híbrido, e 80% afirmaram que a equipe trabalha melhor quando algumas pessoas estão no escritório e outras em casa.
Além disso, 43% se sentem mais conectados com os colegas quando estão trabalhando remotamente.
E já que estamos trabalhando com dados, basta entender que, de acordo com a Harvard Business Review de junho de 2022, colaboradores mais felizes são 31% mais produtivos, 85% mais eficientes e até 300% mais inovadores. Isso ainda indica uma queda de 55% na rotatividade e uma possibilidade de redução de 125% de casos de burnout.
Neste sentido, se o trabalho remoto contribui para a felicidade, gera resultados e produtividade e é um desejo dos funcionários, será que vale mesmo usar a lei a favor e não usufruir desse estilo de vida nômade juntamente com as facilidades e agilidades que o mundo digital trouxe?
Flexibilidade e cultura remota:
Mas trabalhar com flexibilidade não é tão simples. É preciso adotar uma cultura que seja baseada neste fator.
Um bom começo para implementar essa cultura é:
Um bom começo para implementar essa cultura é:
- Respeito e consideração com a experiência do colaborador;
- Desenvolver políticas de trabalho focadas no remoto;
- Criar, testar e acompanhar o funcionamento de processos internos;
- Incentivar boas práticas;
- Criar rituais de integração e conexão online e eventualmente presencial se possível.
Assim tem feito a Microsoft, que se destacou nas notícias com sua nova política de trabalho remoto ao abraçar a flexibilidade dos funcionários, conforme indica no seu blog post intitulado “Abraçando um local de trabalho flexível”, em que aponta como objetivo que:
“A flexibilidade pode significar coisas diferentes para cada um de nós, reconhecemos que não existe uma solução única dada a variedade de funções, requisitos de trabalho e necessidades de negócios que temos na Microsoft. Para resolver isso, fornecemos orientações aos nossos funcionários para que eles possam tomar decisões informadas sobre cenários que podem incluir mudanças no seu local de trabalho, localização desse local e/ou horas de trabalho…”
Indo além dos pontos citados anteriormente, a Microsoft ainda oferece a capacitação necessária para tornar seus funcionários ainda mais autônomos e independentes, capazes de tomar decisões conscientes sobre onde eles trabalham e em qual horário.
Abraçar a flexibilidade significa confiar que seu funcionário irá cumprir todas as suas tarefas, mas fazendo isso de acordo com suas próprias preferências, reconhecendo que as abordagens comuns ao mercado não se aplicam a todos.
Só assim, considerando todo esse contexto, as empresas poderão criar uma sintonia quanto às suas atividades e funcionários, buscando encontrar um jeito mais saudável de viver e trabalhar, como a cultura remote first prevê.
Com mais flexibilidade no trabalho e uma cultura remote first, sua empresa passa a ser considerada uma empresa nomad friendly. E disso a NomadVisa entende! Continue sua leitura aqui no nosso blog para descobrir o passo a passo para a sua empresa pode se tornar nomad friendly.